domingo, 6 de maio de 2012

Os Sete Samurais


Falar sobre os samurais sempre é algo bastante complicado, principalmente em nossa cultura ocidental, diversos valores da sociedade japonesa é desconhecida ou pouco praticada pelo ocidente.
Assim o filme os Sete samurais nos traz um retrato do Japão do século XVII, um Japão pobre e cheio de problemas sociais, onde a população não podia contar com as autoridades. Uma sociedade que funciona muito mais através da força do que pela diplomacia.   
O filme foca principalmente na questão da solidariedade de um grupo de samurais que por motivos pessoais acabam se prontificando a ajudar uma vila de agricultores que estava sendo ameaçada por bandidos que constantemente praticavam roubos e sequestros.
As motivações dos samurais para irem até a vila se torna o principal fator para entender a sociedade japonesa da época. Identificamos primeiramente em Kambei Shimada características nobres de desapego e solidariedade ao próximo, essa postura de Shimada vai ser o principal motivador para atrair os outros samurais a ajudar a vila, ele se torna o líder do grupo alguém confiável que valia apena estar no campo de batalha.
Já os outros samurais são caracterizado no filme de diversas maneiras cada um é posto com uma personalidade diferente como Katsushiro Okamoto  que é um jovem samurai sem experiência e por sua pouca idade é protegido pelos demais samurais. Outro samurai que se destaca é Kikuchiyo  que por sinal nem samurai ele é, e sim um filho de lavrador, mas sua força de vontade faz com que ele seja aceito no grupo. Os outros samurais têm uma participação mais secundaria no filme como Kyūzō  que é considerado o mais forte entre os sete, Heihachi Hayashida que não tinha muito treinamento como samurai, mas era bastante engraçado e bom para a convivência em grupo, Shichiroji que já conhecia Shimada de outras batalhas e viu na ajuda a vila uma oportunidade de estar novamente junto com Shimada e  Gorobei Katayama o mais estrategista.
Dessa forma os samurais se deslocam até a vila não somente pelo desejo de ajudar ou pela recompensa que não passava de três refeições por dia, mas sim para testar suas habilidades e conviver com pessoas que acreditavam no mesmo ideal. Esse pensamento é demonstrado a todo o momento nas fisionomias e nos diálogos entre os sete sempre sorridentes e piadistas, muitas vezes despreocupados com a situação de desconforto e perigo .
Essa condição dos samurai e representado principalmente na última cena do filme que demonstra uma situação do samurai de obrigação de servir, que nesse caso não ao Shogum ou imperador mas sim servir ao povo.

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