Falar sobre os samurais
sempre é algo bastante complicado, principalmente em nossa cultura ocidental,
diversos valores da sociedade japonesa é desconhecida ou pouco praticada pelo
ocidente.
Assim o filme os Sete
samurais nos traz um retrato do Japão do século XVII, um Japão pobre e cheio de
problemas sociais, onde a população não podia contar com as autoridades. Uma
sociedade que funciona muito mais através da força do que pela diplomacia.
O filme foca
principalmente na questão da solidariedade de um grupo de samurais que por motivos
pessoais acabam se prontificando a ajudar uma vila de agricultores que estava
sendo ameaçada por bandidos que constantemente praticavam roubos e sequestros.
As motivações dos
samurais para irem até a vila se torna o principal fator para entender a
sociedade japonesa da época. Identificamos primeiramente em Kambei Shimada características
nobres de desapego e solidariedade ao próximo, essa postura de Shimada vai ser
o principal motivador para atrair os outros samurais a ajudar a vila, ele se torna o líder do grupo alguém confiável que valia apena estar no campo de batalha.
Já os outros samurais são caracterizado no filme de
diversas maneiras cada um é posto com uma personalidade diferente como Katsushiro Okamoto que é um jovem samurai
sem experiência e por sua pouca idade é protegido pelos demais samurais. Outro
samurai que se destaca é Kikuchiyo que por sinal nem samurai ele é, e sim um filho
de lavrador, mas sua força de vontade faz com que ele seja aceito no grupo. Os
outros samurais têm uma participação mais secundaria no filme como Kyūzō que é considerado
o mais forte entre os sete, Heihachi Hayashida que não tinha muito treinamento
como samurai, mas era bastante engraçado e bom para a convivência em grupo, Shichiroji
que já conhecia Shimada de outras batalhas e viu na ajuda a vila uma
oportunidade de estar novamente junto com Shimada e Gorobei Katayama o mais estrategista.
Dessa
forma os samurais se deslocam até a vila não somente pelo desejo de ajudar ou
pela recompensa que não passava de três refeições por dia, mas sim para testar
suas habilidades e conviver com pessoas que acreditavam no mesmo ideal. Esse
pensamento é demonstrado a todo o momento nas fisionomias e nos diálogos entre
os sete sempre sorridentes e piadistas, muitas vezes despreocupados com a
situação de desconforto e perigo .
Essa
condição dos samurai e representado principalmente na última cena do filme que
demonstra uma situação do samurai de obrigação de servir, que nesse caso não ao
Shogum ou imperador mas sim servir ao povo.
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